Olá companheir@s de luta e estrada....
Hoje escrevo para compartilhar parte das minhas angústias e percepções sobre a realidade crianças, adolescentes e jovens do nosso Brasil.
Nesse mês de maio iniciei um trabalho como educadora social em uma "Casa de Passagem Adolescente" para meninos e meninas de rua da cidade de Brasília-DF. Num primeiro momento de choque em ter de lidar intimamente com realidades de tráfico de drogas e exploração sexual eu me questionei muito sobre Até onde o meu conhecimento/formação contribuía de fato da mudança de vida daqueles meus educandos e mais, questionei ainda a legitimidade deles naquele espaço de garantia de direitos. Estando literalmente de "mãos amarradas", há dois dias atrás fui levada a refletir o histórico de vida que levou tais meninos e meninas a essa realidade: a violência e negligência por parte das famílias naturais e do próprio Estado.
A fala de uma educadora que ajudou a fundar o projeto onde eu trabalho , que hoje se assemelha a um abrigo gerido pelo Estado (mas onde eles tem entrada e saída livre), me fez considerar a existência de um ciclo de exclusão e talvez se conseguirmos nos identificar nesse ciclo seremos capazes de fazer a violência:
"A DROGA É CONSEQUÊNCIA DA RUA E A VIOLÊNCIA É CONSEQUÊNCIA DA DROGA...."
Fica a pergunta então: COMO SE INICIA ESSE CICLO? QUAIS SÃO AS CAUSAS DA SITUAÇÃO DE RUA?
Pra contribuir com uma reflexão que nos ajude a encontrar respostas para essa indagação acima, eu postei aqui um vídeo do grupo de rap muito respeitado (e pouco compreendido) chamado Facção Central, que infelizmente retrata muito da história de vida de alguns adolescentes que hoje eu convivo e tenho o dever de "proteger". Acredito que as vivências e saberes de tod@s que lidam com adolescente e juventude possa nos ajudar a encontrar caminhos para vencermos esse ciclo vicioso.
Aline Pereira da Costa
Aline,
ResponderExcluirO vídeo "eu não pedi pra nascer" é bem real e mostra a maneira como muitas crianças e adolescentes vivem;como você falou no texto sobre a sua ação junto à algumas dessas realidades, posso imaginar o que passa em sua cabeça,coração...Em mim também traz provocações! Que tais provocações me levem a contribuir para a mudança de tal realidade de exclusão e violência infanto-juvenil.
Laugrinei Pereira
Valeu pela contribuição companheira... e principalmente agradeço e parabenizo pela sensibilidade. Você tem razão...cotidianamente perco-me em pensamentos e sentimentos de sentir que posso e devo continuar a acreditar que é possível
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