quarta-feira, 15 de junho de 2011

Valores: responsabilidade da família ou da escola?

Uma questão que vem sendo levantada há anos e sendo tema de polêmica constante.
Um vídeo de uma menina de treze anos fazendo sexo com dois rapazes em uma Escola Estadual de Curitiba vem causando debates sobre esse assunto. Na reportagem é comum ouvir dos demais alunos da escola sobre a perda de valores. Porém a dúvida principal é de quem é essa responsabilidade, da família ou da escola? Por um lado a escola se defende, alegando que os pais estão perdidos quanto aos seus próprios valores e valores atuais. E a família por sua vez aponta falhas nas metodologias propostas pela escola, como afirma a Psicóloga Lídia Weber no vídeo citado acima.



Diante desse debate, peço a sua opinião sobre a responsabilidade de valores.
Larissa Ribeiro Batiste.

5 comentários:

  1. Nem só da família... Nem só da escola... A responsabilidade é coletiva! Pais, professores, equipe pedagógica, sociedade, o próprio aluno... todos são responsáveis pelo desenvolvimento e perpetuação de valores. Cabe a cada um deles colaborar, juntos, com a formação integral desses jovens e adolescentes.

    Parabéns por levantar este tema tão polêmico!!

    Atenciosamente,
    Diogo Luiz Galline

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  2. Querida Larissa:

    Creio que o dilema colocado pode reforçar aquela questão que colocávamos numa das aulas de psicológia: o jogo do "empurra-empurra", também se pode aplicar neste caso.

    Na linha do comentário do Diogo, parece-me que, mais do que responsabilizar uma parte e inocentar ou justificar a outra, aqui se trata de buscarmos formas (por certo, nada fáceis), de corresponsabilizar todos os atores sociais envolvidos no processo de construção das identidades juvenis. E ai entram, além da família e da escola, a religião, a mídia, o governo e... os próprios jovens!

    Certamente educar em e para os valores num mundo em que tudo é relativizado é uma tarefa ingente. Mas não por isso devemos abdicar da nossa parcela de responsabilidade, sobretudo quanto entendemos que valores são o fruto da assimilação e internalização de experiências vitais significativas e humanizadoras mais do que proposta teórica de modos de comportamento idealizados como bons ou como melhores.

    A tua questão é uma interessante provocação para todos os que, como educadores, nos sentimos interpelados a propor valores e modelos de vida: sem espelhar de forma serena, alegre e firme tais valores, fica difícil cativar os jovens para que os mesmos se sintam interpelados e motivados a fazê-los próprios!

    Parabéns pelo blog!

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  3. Larissa, a temática é delicada e muito presente na vida de adolescentes e jovens!
    Acredito que mais do que apontar responsáveis e culpados é necessário que seja feito uma reflexão sobre os valores que permeiam a vida deste grupos sociais.
    Hoje é comum encontrar jovens fazendo uso de drogas no ambiente escolar, assim como o que é pautado na postagem. Será que muito mais do que dizer que é falha da família, da escola, do educador, não seria melhor dialogar com estes adolescentes e jovens, quais são os seus valores?

    Precisamos favorecer a vida e uma formação crítica para um mundo melhor!

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  4. Muito pertinente a discussão que o vídeo e o texto nos faz empreender no nosso cotidiano e trabalho junto às juventudes. Valores e a educação para o cultivo deles tem se tornando uma questão séria na sociedade como um todo. O que podemos fazer? É um trabalho de base, que não está mais aocntecendo. A família deixa pra escola, a escola alega que é função da família e niguém faz ou pelo menos orienta para tal. Esse vídeo fez-me recordar de um fato recente na minha cidade de um professor que transou com uma aluna, adolescente por sinal e gravou todo o vídeo no celular. Ele perdeu o celular e esse vídeo se espalhou pela cidade inteira, principalmente na escola que ele era professor e ela aluna. Imaginem a situação que chegou nessa escola e na cidade, que é bem pequena. esses exemplos nos fazem refletir profundamente sobre valores e como eles estão sendo colocados em nosso meio.

    James Pinheiro

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  5. Muito pertinente a questão. Acredito que o que falta é diálogo. Ninguém assume seu papel e no jogo do empurra-empurra o adolescente acaba se deixando levar pela pressão do grupo.É triste constatar que há poucos espaços onde o jovem encontra eco para falar de seus conflitos. Família, escola, igreja e outras instituições em lugar de acolher censuram e impõe regras que não são acolhidas por virem de cima para baixo. Precisamos todos fazer um permanente e verdadeiro exercício de diálogo. Parabéns pelo blog.
    José H Sasek

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